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Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Meu bebê nasceu e logo termina minha licença. O que eu faço agora?

O comentário da Fabi à postagem Eu largar o emprego e depender financeiramente do meu marido? Você só pode estar louca! me inspirou a escrever o post de hoje.

É verdade que embora a renda extra seja um fator importante (e como é!) por causa da instabilidade econômica do país, ela não é o único motivo que leva as mulheres a se apegarem tanto às suas carreiras. Sim, é um tema complexo e, no meu ponto de vista, outro fator de igual peso à independência financeira feminina é a desvalorização da maternidade, assunto sobre o qual tratei aqui cinco meses atrás. Ser mãe hoje em dia não é mais a atividade principal na vida de uma mulher. Desde novas outros sonhos são postos à nossa frente - por meio da mídia, da escola, dos discursos que ouvimos sobre o que é "ter sucesso".

Aspiramos a uma vida profissional bem sucedida, almejamos estudar, conhecer, explorar, crescer, etc. Queremos fazer algo de importante com as nossas vidas, sonhamos em ser reconhecidas pelo nosso conhecimento e pelo trabalho que realizamos, enfim, desejamos fazer algo que de alguma forma impacte e ajude a transformar a sociedade em que vivemos. Esses novos sonhos não são ruins. Pelo contrário! O fato é que, em meio a tantos anseios e objetivos, a maternidade torna-se apenas "mais uma" de uma série de obrigações e responsabilidades que vamos assumindo ao longo de nossas vidas. E acho que posso afirmar com segurança e você há de concordar que, de modo geral, a maternidade deixou de ser prioridade.

E justamente por isso, em meio à toda euforia da gestação e inúmeros preparativos para a chegada do bebê, não pensamos muito em como será a nossa vida (e a do bebezinho que carregamos no ventre) após os 4 meses - ou para algumas privilegiadas, 6 meses - da licença-maternidade. Não é assim? A gente nem imagina como será difícil deixá-lo tão pequeno e indefeso aos cuidados de outra pessoa para retomarmos nossas funções profissionais. Passamos pelo parto e pelo pós-parto, superamos a fase de aprender a cuidar de um recém-nascido, aprendemos a amamentar, nos esforçamos para implementar uma rotina adequada e quando nos damos conta, o tempo acabou! Hora de voltar ao mercado de trabalho. O bebê nem saiu do peito ainda, mal começou a comer sólidos e já precisa passar por uma nova e difícil mudança: a separação da mãe e adaptação ao jeito de fazer as coisas de uma nova pessoa (talvez desconhecida).

E agora, quem vai ficar com o meu bebê para eu voltar a trabalhar? Deixo-o numa creche? Matriculo-o numa escolinha? Se sim, qual? Pago alguém para cuidar dele dentro da minha casa? Ou será que peço favor a algum parente próximo? Parece que dentre as diferentes possibilidades, não cogita-se ficar em casa. Isto mesmo quando o custo da escolinha em tempo integral equipara-se praticamente ao salário da mãe!!

Por isso, diferente da Fabi, eu não tenho receio de orientar mulheres nessa situação a deixarem de trabalhar. Ou de pelo menos ajudá-las a considerar que existe essa alternativa! E que é uma ótima alternativa, diga-se de passagem, uma vez que o comum e o que já está na mente de quase toda mulher (de classe média para cima) é voltar para o emprego!! Como a própria Fabi disse, as mulheres que ela atende como defensora pública são de baixa renda e, na grande maioria dos casos, desqualificadas para as boas posições no mercado de trabalho. Assim, presumo que elas não optaram por dedicar-se às prendas domésticas, mas o fazem porque não há outra saída. "Voltar para o emprego" para elas não era uma opção.

O que quero dizer que é que ficar em casa e ser "apenas mãe" por um tempo maior do que o permitido pela licença-maternidade não é uma opção que passa pela nossa cabeça de "mulher moderna" de classe média. Os contras são muito mais evidentes do que os prós. É o que tenho notado. Com certeza a possibilidade de algum dia ser "exclusiva do lar" não passa pela cabeça de muitas mulheres imersas na carreira antes de engravidar. Na minha não passava. E também não é muito frequente considerarem esta possibilidade após o bebê nascer. Depois que o filho nasce, achamos que temos de ser fortes e prosseguir com a vida como "toda mulher" faz - deixando-o numa escolinha, ou creche, ou com outra pessoa para cuidar dele pra nós.

Claro que o conselho que a gente dá sempre está vinculado à decisão que a gente tomou, mas se a mulher está angustiada porque sente que seu papel principal é estar ali do lado do filho e se vê relutando contra aqueles preconceitos (internos e externos) dos quais falei no último post, então sim eu a aconselharia a dar este passo de fé e abrir mão de sua carreira e independência financeira em prol da educação do seu filho! Pelo menos por um tempo, até ela e o marido sentirem que Deus os está guiando para algo diferente.

Os prós que a Fabi apontou são reais, mas se a mulher prioriza o casamento, penso que ela prioriza os filhos e a família também, até porque está tudo de certa forma interligado. Então eu imagino que se ela cogita essa possibilidade de ficar em casa com os filhos e o marido a apóia, muito provavelmente é porque desfrutam de uma estabilidade conjugal e existe cumplicidade e partilha de objetivos entre o casal. Quanto à instabilidade econômica, acho que ela sempre existiu, no nosso país e em qualquer outro, e todos independente de classe estamos sujeitos a adversidades e infortúnios financeiros de vários tipos (falência, desemprego, etc. mas, sobretudo, se formos mau administradores!). Não creio que faça tanta diferença assim se os dois estão empregados ou se apenas um. Aqui entra a questão de fé - quando estamos no centro da vontade de Deus, não temeremos más notícias pois Ele irá prover tudo o que precisarmos. Nada faltará, pois junto com a missão, Deus dá os recursos!

Com isso estou dizendo que a mãe que fica em casa é melhor do que a que sai para trabalhar? Não. Isso seria generalizar. Há mães que ficam em casa e fazem um péssimo trabalho enquanto outras ralam o dia todo fora e conseguem dar uma ótima educação para os filhos. Meu ponto é que se existe a possibilidade de a mãe ficar mais tempo com a criança e ela aproveita bem esses momentos isso é, sem sombra de dúvida, muito melhor para o estabelecimento de vínculos emocionais com a criança e, portanto, para a família.

No momento estou lendo o livro "Why Love Matters", de Sue Gerhardt, uma psicanalista e psicoterapeuta que fala sobre o papel do afeto no desenvolvimento do cérebro do bebê. O livro está repleto de dados referentes às últimas pesquisas na área da bioquímica, neurologia, psicologia e psicanálise que apontam para a importância dos primeiros dois anos de vida e que como as experiências vividas durante esse curto período refletem, inconscientemente, em nossas ações na vida adulta. Cá entre nós, conquanto haja escolinhas infantis e educadores maravilhosos em muitos cantos desse país, as chances de ter uma bem pertinho de você e que seja acessível ao seu bolso são baixas. E por mais amoroso, dedicado e bem-intencionado que seja o parente ou a babá que você arrumou para ficar com seu filho, dificilmente ele fará o trabalho melhor do que a mãe que o ama incondicionalmente e que, eu creio, é a pessoa ideal para educar e cuidar desta criança. Oras, não dá para ser ingênuo e pensar que a forma como a sociedade está estruturada hoje em dia realmente esteja com os melhores interesses da criança (ou da família) em mente.

O lema "socialização por meio da escola", tão em voga atualmente, foi elaborado para nos fazer crer que não enviar nossos filhos à escola tão cedo quanto possível é fazê-los um mal terrível e privá-los de um direito (que em nome dele, priva-os de outro talvez ainda mais importante, vai entender...) quando sabemos que, por trás dessa bandeira de 'escolarização precoce' está a necessidade de que ambos os pais trabalhem e produzam para a sociedade.

De qualquer modo, é preciso fazer a distinção entre a situação ideal da possível. Nem todas as famílias têm essa possibilidade da mãe pessoalmente cuidar da criança (mesmo que com ajuda em parte do dia). Por isso, se a possibilidade existir, acredito que a mãe (ou pai) deva sim aproveitá-la, atendendo a este chamado como um dos mais importantes da sua vida. Mas, se realmente não houver a possibilidade e o casal entender de Deus que este não é o caminho para sua família, então devem descansar e crer que Ele irá sustentar sua família de outras formas, dando novas estratégias e meios para que possam realizar a missão que Ele lhes deu. Algumas histórias que tenho ouvido têm me enchido de fé. Mulheres que enfrentaram esse dilema, agiram em obediência àquilo que criam ser um princípio da Palavra, apesar dos temores financeiros, e sendo grandemente abençoadas. Quem sabe algumas delas topem escrever para nós a sua história!

Para terminar, gostaria de contar um pouco da minha. Afinal, as nossas escolhas não são à toa, não é mesmo? Sempre tem um porquê por trás que mostra o trabalhar de Deus em nossas vidas.

Como a Fabi, minha mãe era funcionária pública. Até onde eu sei, por muito tempo ela ganhou mais do que o meu pai e, talvez por isso, quando eu e meu irmão nascemos (ele é 2 anos mais novo), ela começou a pagar empregada para ficar em casa com a gente durante o dia. Aos três anos comecei a ir à escola. Nunca conversei com a minha mãe sobre isso, mas hoje que também sou mãe imagino que não tenha sido uma situação fácil para ela. Já ouvi algumas histórias de babá que batia em mim e outros incidentes, como eu ter deslocado o braço aos 7 meses e sofrido uma queimadura grave nas costas com leite fervendo aos 4 anos. Isso deve tê-la deixado angustiada. Talvez culpada? Como ela sempre trabalhou muito longe (no centro da cidade), saía de casa cedinho, antes mesmo de acordarmos de manhã. Era meu pai que nos levava para a  escola e eu tenho boas lembranças de conversas com ele dentro do carro. Mas eu via a minha mãe bem pouco durante a semana, pois ela só chegava em casa por volta das 18:00.

Eu e meus irmãos (a mais nova nasceu 9 anos depois de mim) fomos criados por empregadas. Uma delas cuida de mim desde os 7 anos, ela é como minha irmã mais velha. Até hoje está na casa da minha mãe (faz 23 anos!) e me ajuda com os serviços domésticos aqui em casa também. Não posso reclamar porque, como dizem, "tive do bom e do melhor". Fui muito abençoada por estudar num colégio caro e maravilhoso (de onde quase saí várias vezes por causa do alto valor da mensalidade), pelo qual sou eternamente grata! Mas é inegável que minha mãe pagou um alto preço. Um preço que me faz estremecer só de me imaginar na pele dela. Nesse sentido, minha mãe é muito mais forte do que eu! Além de problemas no casamento (lembro que meus pais tiveram crises horríveis e quase se separaram na minha pré-adolescência), o preço mais alto, acredito, foi o vínculo com os filhos. É vergonhoso para eu admitir isso agora depois de adulta, mas gostávamos de brincar e conversar mais com o meu pai do que com ela porque ele tinha mais tempo e paciência para nos ouvir e disposição para brincar. Minha mãe vivia estressada. Também, pudera! E na adolescência, além do meu pai que sempre foi o meu mentor espiritual, eu acabei buscando em outros adultos um referencial com quem eu pudesse me abrir e compartilhar minhas lutas. Eu invejava as meninas que tinham na mãe uma amiga porque com a minha eu não me dava tão bem. Sentia que ela não me entendia, não me conhecia. Confesso que tive muitas resistências a ela por isso. Achava, por exemplo, que ela queria 'me comprar' com os excessivos presentes que ela dava (hoje entendo que essa era a linguagem de amor dela) e somente depois de me casar é que o nosso relacionamento começou a melhorar.

Será que se a minha mãe tivesse optado por ficar em casa nosso relacionamento teria sido melhor - ao ponto de sermos best friends? Talvez sim, talvez não. Não tem como eu saber. Mas suponho que se ela tivesse exonerado o cargo, talvez eu não tivesse estudado na PACA e dificilmente eu teria tido exemplos tão inspiradores de pessoas de Deus com quem eu pudesse me identificar a ponto de desejar seguir na fé em Cristo. Só por isso, eu já tenho motivo de sobra para ser grata à minha mãe pela escolha que ela fez: de ter priorizado a estabilidade financeira da família e me dado esta oportunidade de estudar por treze anos lá. Ou, de igual modo, ela poderia ter exonerado o cargo, ficado sem emprego e Deus abençoado minha família de tal forma que meu pai ganhasse o dobro ou o triplo do que ela?! Haha, não sei... são apenas suposições.

O fato é que não tem como mudar o passado. Apenas olhar para trás e procurar entender como chegamos onde estamos para então decidir que caminho tomar daqui pra frente, pois o que está feito, está feito. Deus foi fiel em tudo, em cada detalhe. Só tenho o que agradecer!

Quando chegou a minha vez de voltar para a empresa, eu fiquei num terrível dilema e a decisão de parar de trabalhar passou por um período de amadurecimento. Como sempre trabalhei em empresa familiar, quando a Nicole nasceu tive a regalia de continuar desempenhando minhas tarefas de casa. Eu trabalhava duro. A levava para a empresa comigo algumas vezes e quando estava em casa aproveitava cada segundo das sonecas dela para dar conta de tudo. Quase não descansava. Quando a Alícia nasceu, por um ano tentei fazer o mesmo esquema, mas com duas era muito mais difícil. Eu me sentia entre a cruz e a espada. Além de terrivelmente exausta, eu vi que não estava fazendo nem um nem outro bem o suficiente. Qualquer coisa estava me irritando e eu descontava tudo no Douglas. Mas parar de trabalhar? Eu passava mal só de pensar na hipótese - pelo financeiro sim, mas principalmente pelo trabalho em si. O depto pedagógico da empresa era o meu xodó!

Enfim, sair da empresa era algo que eu NUNCA me imaginei fazendo e me dava dor de barriga só de pensar. Orei muito. Quando falei para o meu pai o que estava pensando em fazer, ele logo sugeriu que eu pagasse alguém para cuidar das meninas porque a empresa estava precisando de mim. Mas dentro de mim eu sabia que não podia fazer isso! Eu tinha tanto ainda para ensiná-las, não poderia passar essa tarefa para outra pessoa. Era a MINHA responsabilidade e sabia que me arrependeria no futuro se abrisse mão dela. Bem, Deus me conhece e sabe como sou indecisa e bastante insegura para um monte de coisas, então Ele ouviu as minhas súplicas e me deu uma ajudinha. A volta à faculdade foi o empurrão que eu precisava para "sacrificar o meu Isaque (=o trabalho)", porque eu sabia que fazer as 3 coisas bem eu não poderia!

Minha família (a parte que trabalha na empresa) ficou sem acreditar e sem entender também. Minha mãe comenta até hoje que fica abismada com a minha decisão de ficar em casa, porque agora com um salário a menos, precisamos cortar despesas. Um dos cortes foi a escola da Nicole, vou ficar com ela o dia todo em casa no ano que vem. Outro corte é a empregada que passará a vir somente uma vez por semana para fazer a faxina pesada pra mim. A Fabi falou em arrependimento. Acho que é cedo para falar nisso. Mas a esposa do meu pastor, que é uma das pessoas com quem me aconselho, disse que nunca viu uma mãe que optou por ficar em casa se arrepender da decisão (e olha que ela conhece muitos casos!). Estou confiando que sim!

Para terminar (de verdade agora!), preciso fazer uma confissão. Prontas para outra baita revelação sobre a minha pessoa? Um dos meus maiores medos referente à maternidade era ter filha mulher. E olha só hoje eu com duas! Eu achava que eu não seria capaz de ser uma boa mãe de filha mulher. Sério!! Antes mesmo de engravidar, eu já tinha ciúmes do relacionamento de "pai e filha" que meu marido teria com ela(s) - assim como eu tinha com o meu pai - e secretamente sonhava em ter filhos homens para poder ser a 'queridinha' deles. Haha, pois é!! Mas Deus me ajudou a superar esse medo e hoje vejo que não passavam de ilusão! Amo ser mãe de meninas (embora ainda queira meus dois meninos) e estou curtindo muito!

Quais são os seus pensamentos a respeito da mãe colocar a carreira "em espera" (ou abandoná-las de vez) para cuidar dos filhos? Usem o espaço para comentários abaixo e dê sua opinião!

13 comentários:

  1. Talita, eu adoro os seus textos!
    Acho fantástico o modo como você escreve e como conta a sua história! Sei exatamente o que é isso, porque vivi semelhante situação... Me casei cedo e com poucos meses de casada, quis viver melhor o meu casamento e o nosso apartamento! Deixei a faculdade de engenharia civil numa ótima universidade federal... Imagine o que as pessoas não falam de mim! Claro que essa decisão só foi tomada com muitas orações e conversas com o meu marido. E chegamos a uma conclusão: se ele não estivesse satisfeito com a roupa que eu lavava, a comida que eu fazia, o apartamento que eu limpava, e o mais importante, a minha realização pessoal, nós arranjaríamos alguém para cuidar de tudo isso e eu retomaria com os meus estudos e o mercado de trabalho. Foi a nossa melhor decisão já tomada até hoje! O nosso relacionamento melhorou 100%! Faremos 1 ano de casados daqui a pouco tempo...
    Querendo ou não, a gente sempre acaba levando muito para casa! Quando é o trabalho, dá para levar menos... mas e a faculdade? e os trabalhos? e as provas? impossível não misturar muita coisa! Eu era muito, muito nervosa...
    A gente fica com muito receio de abandonar tudo, mas está tudo nas mãos de Deus! Ele é quem providencia as coisas!
    Com a ajuda de Deus, descobri a minha verdadeira vocação: esposa e mãe em tempo integral!
    Estamos esperando o primeiro de muitos filhos que virão (se Deus quiser!): 14 semanas de gestação e muita felicidade!
    Recebemos a cada dia que passa uma nova bênção! Não me arrependo de nada do que fiz, pelo contrário, tenho o maior orgulho de dizer que não precisamos de 2 salários em casa! Precisamos de 1 salário e uma mãe!

    Que as pessoas que sentem vontade (e até necessidade) de tomar uma decisão parecida, encontrem em Deus a verdadeira fortaleza! Que nada e nem ninguém atrapalhem a vocação de quem quer que seja! Mesmo que a família tenha que cortar gastos (e terá!!!!!)

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    1. Oi querida, não sei seu nome mas estou impressionada com a sua história! Você e seu marido e fizeram um "combinado" bastante interessante, rs. É bom demais curtir o casamento assim! E que maravilhoso você já ter tanta convicção de qual é a sua vocação, o seu chamado. Isso é muuuuito raro, normalmente as pessoas vão vivendo, vivendo e não sabem muito bem qual sua missão na vida, vão atirando para tudo quanto é lado. Também amei o lema "não precisamos de 2 salários, precisamos de 1 salário e uma mãe", brilhante!

      Quanto à faculdade, sim levamos muita coisa pra casa. Eu estudo numa universidade pública estadual e talvez pela minha área, quase não há provas. No entanto, leituras e trabalhos são muitos! No último semestre eu optei por fazer 5 disciplinas (mais os estágios) e foi loucura. No ano que vem, vou baixar a bola. Farei somente 3 porque ninguém é de ferro, a Nicole estará em casa e eu quero "homeschool" her!

      Beijos e muito obrigada por comentar!!

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  2. Concordo amiga! Também conheço mamães que são ótimas profissionais e ótimas mães em casa, assim como mamães que ficam em casa e são extremamente frustradas porque não veem realização nisso e acabam sendo mães pouco envolvidas, apesar de presentes. Eu acho que o segredo está em cada uma questionar o que realmente quer e sente chamado para fazer, e então decidir! Não importa o risco...aí que Deus intervem.
    A sua história (da sua mãe) me tras grande alívio sabia? Porque me lembro da graça de Deus, e de como Ele usa TUDO e seus propósitos não podem ser frustrados. Você, hoje, é uma excelente mãe, esposa, amiga, serva de Deus...tudo na sua vida Deus usou para te fazer quem você é hoje. Essa graça de Deus me renova e me faz descansar, que mesmo com meus erros enormes como mãe, tudo não está perdido!! :)

    Eu também deixei meu emprego e minha profissão. Não foi uma decisão fácil, mas posso dizer sem a menor dúvida que nem por um minuto eu me arrependi. Mas essa sou eu... sou caseira, nunca tive grandes ambições profissionais e sempre sonhei em ser esposa e mãe. Então pra mim a questão profissional não foi o que pesou. Para nós, foi o dinheiro. Eu estava como assistente de professora numa escola que paga muito bem, e depois da minha licença maternidade seria promovida a professora. Meu salário ia triplicar. Ficávamos pensando em como isso ia ser bom pra gente! Quando pensava na possiblidade de não voltar, meu marido fazia as contas e não via possibilidade de ficarmos sem meu salário de assistente. Mas meu coração doía demais em pensar em deixar meu bebezinho numa creche ou com outra pessoa. Fora o estresse que ia ser para mim, já que trabalhava longe de casa e saia cedo. Que horas eu teria que sair para deixar ele em algum lugar primeiro? E o trânsito que ia pegar? Pra mim, várias perguntas como essas me ajudaram a decidir, porque sou uma pessoa que não vive bem com muito stress. Eu não aguento. Não posso ter mil e uma atividades se não eu fico muito nervosa e ansiosa. Sei que existem mulheres que adoram esse tido de vida super agitada, com mil responsabilidades, funções, compromissos. Mas eu não sou uma delas! Mas meu marido estava preocupado em ser o único com salário e eu não sabia o que fazer! Por isso, orei muito (MUITO mesmo), conversei muito com o meu marido e, com o apoio dele, decidir parar. Uma semana antes da minha volta mandei um e-mail ao coordenador e fiquei com medo do que ele fosse responder! Afinal, era um homem solteiro e eu estava falando apenas 1 semana antes de começar que não ia mais! Não achei que ele fosse entender meus motivos de mãe.
    Para minha surpresa, a resposta dele foi perfeita! Ele respondeu que se eu vi que não poderia fazer as duas funçoes bem (trabalhar e ser mãe) que havia escolhido a mais louvável delas. :)
    A história não acaba aí...para vocês verem como realmente não tínhamos como ficar sem meu salário, nosso plano foi de mudar para uma casa do meu pai no interior (que estava vazia) e alugar nossa casa em São Paulo (e ter este aluguel como a segunda renda). Fizemos isso e 3 meses depois (exatamente quando era para eu estar ganhando meu aumento!) meu marido encontrou um novo emprego onde pulou de cargo e passou a ganhar a diferença do meu salário de professora a mais. Deus é bom não é??
    Hoje quando olho para trás, me da até arrepio pensar em tudo o que eu teria perdido se tivesse voltado a trabalhar. Nossos 2 anos e meio em atibaia foram os melhores anos da minha vida, até hoje choro quando lembro das tantas memórias gostosas que criamos lá! Foi indescritível. Dou graças a Deus por ter nos ajudado a dar o passo de fé. A vontade já tava nosso coração, mas tivemos que confiar que Ele realmente ia prover, e Ele fez muito além do que imaginávamos. :)


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    1. Sim, Tine, Deus é bom, muito bom!! E você sempre foi uma grande amiga, seu exemplo me inspirou muito... Estou lembrando de como achei você louca quando você largou o emprego pra ficar em casa com o Tiago, achei que você estava sendo fraca... naquela época eu pensava tão diferente. E olha só, hoje eu fiz a mesma coisa! Sou muito, muito grata a Deus por sua amizade! Luv you tons!

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  3. Acho que toda mãe que entende e prioriza a maternidade passa pelo estágio de decidir se fica em casa ou se trabalha. Realmente, como a Talita disse, nem todo mundo entende a importância dessa responsabilidade e a considera como mais um dentre outros sonhos a se realizarem.

    No meu caso, o dilema foi enfrentado quando eu trabalhava como servidora pública federal, antes mesmo de ficar grávida (estávamos no período de tentativa). Eu precisava decidir se continuaria estudar para o cargo que eu almejava, ou se sossegava, sabendo que pararia de trabalhar em um futuro próximo.

    Como a Talita, também revirei o histórico dos meus pais para ajudar a tomar a decisão. É incrível como nossas escolhas como pais influenciam a vida de nossos filhos! Sejam as experiências que tivemos como filhos positivas ou negativas, elas permanecerão para sempre nas nossas memórias e nos inspirarão a tomar nossas decisões como pais e cônjuges. Que tremendo! A forma como criamos nossos filhos será pano de fundo para suas vidas inteiras. Ao mesmo tempo, que responsabilidade temos nas mãos!

    Além do histórico familiar, existia o fato de que, apesar de desejar ficar em casa com os filhos 24 horas, não conseguia me imaginar nessa situação.

    E depois de muito orar, ponderar e considerar, decidimos que eu voltaria ao trabalho quando tivéssemos filhos, desde que fosse um trabalho que me permitisse ter tempo de qualidade com eles.

    Não se tratou de uma decisão abstrata: isso só seria possível se eu passasse mesmo no concurso que eu estava prestando (cuja jornada é flexível). Caso fosse reprovada, abandonaria meu emprego, mesmo sendo muito bem remunerada, e cursaria pedagogia ou outra faculdade que me permitira ser professora, possibilitando uma jornada de trabalho de meio período e férias junto com meus filhos.

    Querem ver como Deus é fiel? Tomada a decisão, uma semana depois saiu o resultado da primeira fase da prova com minha aprovação. Poucos meses depois, descobri que estava grávida... uma semana depois de sair o resultado da segunda fase da prova. Submeti-me ao exame oral grávida de cinco meses. Fui aprovada e tomei posse UM MÊS antes da Giovanna nascer.

    Estou satisfeita com minha vida de mãe e profissional. Acredito que consegui conciliar esses dois mundos. Sinto-me melhor mãe quando estou trabalhando. Amo meu trabalho e minha família. Tanto durante a licença da Giovanna quanto do Vinícius, meu marido dizia não ver a hora de eu voltar ao trabalho. Diz que eu fico “mais leve”, menos crítica. Que curioso: sou melhor mãe e esposa porque trabalho.

    Vou ser sincera, não acredito que Deus tnha uma vontade para mim em tudo que faço da vida. Também não acho que o objetivo seja eu ficar descobrindo qual é. Acredito que ele tenha me desenhado com uma personalidade, com certas virtudes, com diferentes gostos. Ele faz cada indivíduo com singularidade e perfeição.

    Esse resumo da ópera me inclina a gostar de direito, por exemplo, ao invés de medicina. Prefiro natação à futebol. Detesto rosa. E, por ser o único que conhece cada pedacinho do meu ser, quando eu permito, me auxilia pelo Seu espírito a tomar decisões - minhas decisões - corretas e coerentes com o que sou e que não se afastam dos princípios éticos vindos Dele. Então, Ele como pai amoroso que é, delicia-se em abençoar e derrama sobre minha vida essas bênçãos que enchem minha boca de júbilo. Ele dá um jeitinho – perfeito, por sinal – e esse nosso desejo se realiza.

    Leiam os testemunhos acima. Em todos nos vemos a mão de Deus. No meu caso, Ele me permitiu trabalhar e cuidar dos meus filhos. Nos outros, Ele permitiu a permanência da mãe em casa. Não importa qual é a situação, pode confiar Nele. Ele honra mães que oram pedindo sabedoria para cuidar dos filhos que Ele mesmo deu.

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  4. Olá Talita, olá meninas!

    Sempre que posso acompanho os textos postados e sou grandemente abençoada.

    Neste exato momento, estou no trabalho, mas não posso deixar de compartilhar, mesmo que brevemente, a minha experiência.

    Estou casada há quase 11 anos (faremos aniversário de casamento agora em janeiro). Depois de 8 anos, começamos as tentativas...e nada! Após pouco mais de um ano e meio, fizemos exames e descobrimos uma série de problemas comigo, que não me permitiriam engravidar naturalmente. Mergulhei num mundo desconhecido – o da INFERTILIDADE!!! Não estava preparada, nem de longe! Por fim, o Senhor Deus operou um milagre e o nosso príncipe DAVI, hoje com 1 ano e 2 meses, veio alegrar as nossas vidas.

    Pois bem, após passar por tudo isso, como deixá-lo em casa ou numa creche e voltar ao trabalho? Muito, mas muito complicado. Após muita conversa e oração, decidimos pelo meu retorno. Estava moída, como toda mãe que precisa tomar essa decisão. No meu caso, foi puramente pelo aspecto financeiro: estamos pagando a nossa tão sonhada casa própria e ficar com apenas 1 salário comprometeria muito a nossa renda.

    Sou administradora e psicóloga clínica e, nesta época, tinha as duas jornadas. Trabalhava numa Universidade particular tarde/noite e clinicava 3 vezes por semana pela manhã. Abri mão do consultório e fiquei apenas com o trabalho na Universidade.

    Dos 5 ao 7 meses, o Davi ficou num berçário particular, que atendia perfeitamente minhas necessidades (sobretudo os horários! Ficava com ele pela manhã; à tarde, levada para o berçário e o meu marido ia buscá-lo). Depois, O Senhor operou mais uma vez e minha tia “postiça” – esposa do meu tio – saiu do emprego. Fiz a proposta a ela, que aceitou prontamente. Hoje ela cuida do Davi em minha casa e tem sido muito bom. Ela também serve a Deus e tudo fica mais confortável (refiro-me a questões básicas do dia-a-dia, como orar antes das refeições, ensinar musiquinhas que falem do amor de Deus, etc.).

    Mas, mesmo assim, ainda não estava bom. Eu tinha um cargo de confiança que exigia muito do meu tempo, mesmo não estando na empresa. Começamos, novamente, a orar...sabem o que Deus fez? Me deu outro emprego! Isso mesmo!! Troquei de trabalho, mas com a mesma remuneração. Hoje tenho mais tempo (e de qualidade!) com meu pequeno e com meu marido. A ideia é quitarmos a casa no ano que vem e, talvez, eu volte a clinicar, pois isso me dará ainda mais flexibilidade de horário.

    Como psicóloga posso afirmar com propriedade, tanto pelo que aprendi na teoria como no consultório, que a qualidade do tempo que dispensamos aos filhos é o que conta. Não me recordo de ter atendido crianças com sintomas decorrentes de "falta de tempo", mas sim de mães e pais ausentes, que tentavam compensar essa ausência com "N" outras coisas, como se as crianças não tivessem o discernimento de compreender o que está à sua volta, como por exemplo, que o casamento dos pais não vai bem, que ela é entendida dentro do círculo familiar como um peso, enfim. Não quero com isso "psicologar" demais, apenas relatar que, assim como já foi dito, cada caso é um caso. No meu caso, tenho alguns limitadores.

    Adoraria ser mãe em tempo integral, mas essa não é a minha realidade (ainda!). Deus trabalhou em minha vida de forma singular, como Ele faz com cada uma de nós. Ele que conhece as minhas potencialidade e limitações, portanto, sabe do que eu preciso.

    Costumo dizer que estou no lucro, pois Deus me deu o privilégio de SER MÃE, algo que era tão distante pra mim. Após passar por tudo isso, posso testemunhar que estou em paz com tudo o que o Senhor fez no meu casamento, no meu lar. Estamos planejando mais um filho e pode ser que o contexto seja diferente...quem sabe??!!

    Acredito que o segredo é compreender, não apenas racionalmente, mas sobretudo com o coração, o significado do que o salmista escreveu “Deleita-te no Senhor, e Ele concederá os desejos do teu coração...”.

    Um abraço e até a próxima!

    Luana Carolina Sousa

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  5. Oi Luana! (É a Luana que estou pensando que é: a da Maranata que eu encontrei no shopping Boa Vista quando estava grávida?! A dica pra mim foi a menção de trabalhar numa Universidade particular, rs.)

    Que linda história e testemunho! E, por favor, não se acanhe - pode voltar e "psicologar" à vontade por esse blog. = )

    Um abraço e que Deus continue concedendo os desejos do nosso coração à medida que nos deleitamos nEle!

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  6. Então meninas, eu não consegui trabalhar e ainda sim ser uma boa mãe, quando tive meu primeiro filho , ainda consegui conciliar , mais logo veio o segundo e eu fiquei em casa, e daí veio a terceira e se eu não tivesse planos de fazer a minha faculdade viria mais um, mass, eu vou pra faculdade, a Baby que é a caçula está com 2 anos e meio e talvez vá para escolinha, mais o que importa pra mim é que eu pude curtir eles nesses primeiros anos, e ainda priorizo isso, o fato de ficar junto, educar, amar. E sempre deixo claro que admiro quem consegue trabalhar fora e ser mãe, mais isso não é pra mim não. Fiquem com Deus.
    Obrigado pela visita Talita , gostei muito do texto.

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  7. Oi Mãe de três, eu é que agradeço que você compartilhou um pouquinho da sua experiência. Volte sempre!

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    1. Olá, meu é Cynthia, e esse ano consegui trabalhar, estava lendo alguns textos do meu blog e vi o seu comentário, resolvi dar um pulinho aqui. Tem um post lá no meu blog falando sobre o meu retorno ao trabalho. Se puder apareça, até!

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  8. Olá Talita!

    Primeiro, mil desculpas por escrever só agora. Estive em férias e a última coisa que fiz foi chegar perto do computador!

    Sim, sou eu mesma, "Luana da Maranata"...rsrs...deu pra notar, né???

    Continuarei acompanhando o blog e, sempre que possível, postando meus comentários, impressões, entre outros.

    Abraços para você também e sua linda família!

    Luana

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    Respostas
    1. Ah, acertei, que bom, hehe. : )
      Estou muito contente que você está acompanhando o blog!

      Um beijo para toda a família e espero que a gente se encontre algum dia desses, para as nossas crianças poderem brincar.

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